domingo, 1 de maio de 2011

Aos teus pés caio
neste primeiro
Domingo de Maio
herdeiro do teu Amor,
progenitora de gerações.
O teu dia-a-dia é de orações,
de trabalho
e sacrifício,
Mesmo sabendo que falho
estarás sempre ao meu lado
com devoção
para me sentir amado
e da tua dor
fazes o vigor
neste duro ofício
de ser MÃE com todo o coração.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Devoto coração

Brotas da espuma do Mar Atlântico,
Afrodite ou Vénus, num estado comensurado
da minha semântica
e escrevo prostrado
aos céus, aos pés teus,
Filha de Mnemósine e Zeus,
de todos os sonhos meus
que perdem a ciência
dos argumentos
perante a Psique dos sentimentos,
e nesta eloquência
de retratar o teu ideal
és Musa, Ninfa, e Amazona sensual
na aspiração
horizontal
da minha consistência,
e na inspiração
vertical
da minha essência
de poeta promissor
exale
na tua boca de Femme Fatale
o meu último poema de Amor.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Admitir

Quero renunciar
esta voz
que me consome
de insónias.
Fecho o olhar
mas não há breu
que me acalme
a percepção da noite.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Singular

Várias fases tens
duas faces dás
e vens
com tudo talvez
e com pequenos nadas
no revés
do teu desejo
num almejo
egoísta umbilical
de animal racional.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ruindade

É duro
admitir
mas não sou puro,
estou manchado
de pecado.
Não procuro
desculpa
da minha culpa,
só resistir
à série ininterrupta
e eterna de instantes
da vida,
obedientes
a corrupta
lei da sina
que ensina
a arrogância
de cada circunstância.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Engano dos sentidos

Quis sorrir,
sentir
o fulgor
da vida
e cheguei ao sonho com esperança,
cheio de ilusões.
Abri o coração
às sensações
do Amor.

Nesta dança
(que era suposto
ser de união)
resta agora
a solidão.

Talvez seja melhor,
assim,
na hora
de valer
a tristeza
ter
senão
a poesia
como rosto,
sombra e companhia.