segunda-feira, 22 de março de 2010
Propósito
terça-feira, 16 de março de 2010
Fatalidade
segunda-feira, 15 de março de 2010
Lembranças de ti, trigueira transmontana
Multiculturalidade
A nível cultural a criança entende mais depressa o que nos separa do que nos aproxima. Visiona o que nos difere criando já barreiras em vez de unir e aprender. Mesmo que cada acto nosso seja premeditado ou não contra o próximo, as crianças são o reflexo da nossa atitude, estão limitadas a absorver e copiar os nossos costumes. Quantas vezes somos imparciais ao condicionar os valores sociais das outras cores ou credos, e nas valias de juízos menos ponderados classificamos o que nos envolve como uma parte discrepante da humanidade.
Iletrados de uma noção equitativa, somos pior do que ingénuos miúdos a entreter-se com a injustiça. Quem somos para calcular o valor da vida e atribuir preços as raízes e hábitos alheios? Aprendemos a importância do ser socialmente urbanos quando somos empurrados por modas, em vez de optarmos ser precursores do exercício cívico e salvaguardar a importância de abrir as fronteiras do nosso coração, a primeira barreira multicultural que nos ata é não sabermos desabrochar os braços e acolher o próximo, e nesta ocupação cosmopolita e gradual da nossa conduta devemos não esperar para que alguém dê o exemplo mas sim ser o modelo.
Ser multicultural implica deixar cepticismos de parte e saber que nos dias que correm uma sociedade coesa abarca inúmeros géneros nativos, e neste barco colectivo todos fazemos parte de um denominador comum: a humanidade. Para que remar contra a maré e deixar passar o melhor que temos para dadivar e alcançar, o legado remoto de gerações que cada vez mais se aproximam, a fraternidade e partilha dos valores que de forma gradativa têm que salvaguardar o sustento das nossas origens que se perde na linhagem.