terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Nada mais que um adeus caloroso

Nada mais resta que um simples adeus.
Quentes palavras para guardar no coração
no saber dos momentos que partilhamos.
Não tenho mais voz, só um choro infantil
de querer rasgar o peito por ter o sentimento
a pesar-me no olhar e na alma.
Pensei sem pensar verdadeiramente
que falei de mais.
Que por tentar ser melhor,
fui só um espelho da minha própria ruindade,
corroía tudo a minha volta
arrastando a dor como uma sombra,
entregando aos dias simplesmente a minha frustração.
Empreendi pelas ruas da amargura
que eu mesmo idealizei
em busca de um outro eu,
quando de facto evidenciava mais e mais os meus erros,
de forma cega e consciente,
culpado de que estava certo,
enganado que os meus sonhos não eram ilusões.
Não há música,
não há melodia,
Só notas soltas numa pauta sem clave
que não induzem a sons concretos.
Estou vazio depois de todo o mal que fiz
e a única coisa que mereço é uma adeus caloroso da tua parte,
Amor,
que tudo, tudo me destes
e me darás com o tempo
quando genuinamente acordar
de mim.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Poesia

Por
Ontem Hoje Amanhã
Encontra-se
Sempre
Inspiração
A declamar

Pensamentos,
Opiniões,
Entrelinhas,
Sapiências,
Ideias
A argumentar.

Palavras,
Ortografia,
Escritas,
Sintaxe,
Idioma
A constatar.

Esperança

Vou esperar até criar
raízes no silêncio
e secar em lágrimas.
Vou esperar até a alvorada
rasgar o horizonte
e o coração renascer
em cada amanhã vertical.
Vou esperar até ficar sem rosto
e perder o tacto
das emoções.
Vou esperar até encontrar
o vazio do sono desconhecido
na última morada da vida.